A bela Luciana Genro
A candidata do PSOL – O agronegócio é uma ilha de
excelência na economia brasileira, com alta produtividade (60% maior do que o
dos Estados Unidos) e, por consequência, elevada competitividade. O setor é
responsável hoje pela maior parte das divisas do país. Pois bem, a candidata do
PSOL à Presidência, a gaúcha Luciana Genro, tem a receita certa para devastar a
nossa economia do campo: o rígido controle estatal sobre os preços dos
alimentos. Filha do ministro da Justiça, Tarso Genro, de quem se diz hoje à
esquerda, ex-filiada do PT, Luciana tem, também, a fórmula para desmantelar de
vez a credibilidade do Brasil: a suspensão incondicional do pagamento dos juros
por parte do governo. Se dinheiro também é uma "mercadoria" e o juro, seu preço, quem vai querer emprestar dinheiro se não puder remunerar o empréstimo? E como a economia poderá se desenvolver sem a disponibilidade dos recursos financeiros? Qual a resposta, hein, candidata?
Boas intenções – Luciana Genro deve ser bem
intencionada. Quer melhorar a distribuição de renda brasileira (de fato, ainda
vergonhosa). Faltou apenas alguém lhe explicar, sem artifícios ideológicos, que
o desenvolvimento econômico é condição para o desenvolvimento social. E o desmonte da economia de mercado não seria o caminho, haja vista os exemplos mundo afora. O respeito às regras da economia, sem artificialismos, deve ser o
pressuposto de qualquer programa de desenvolvimento. Segurar preços equivaleria a
desestimular a produção e provocar escassez, como ocorre hoje na bolivariana
Venezuela. De quebra, a medida ainda alimentaria a inflação, na medida em que impõe
uma demanda maior sobre uma oferta que tende a ser gradualmente menor,
pressionando os preços. Algo parecido com o que ocorreu na Argentina, vizinho
igualmente adepto do populismo e do voluntarismo econômico.
A debacle da indústria – Os resultados ruins apresentados
este ano pelas fabricantes de automóveis – queda de 16,8% na produção, de 7,6%
nas vendas internas e de 35,4% nas exportações no primeiro semestre –
derrubaram o desempenho de toda a cadeia automotiva, informa o Estado de S. Paulo desta segunda-feira
(25), comprometendo os segmentos como o de fabricantes de plásticos e de
produtos com base no algodão, além de siderurgia e autopeças. Prova de que a
política de expansão dos financiamentos, como forma de dar dinamismo à
atividade econômica, tem limite. E o limite é o alto grau de endividamento do
consumidor, já preocupado com a alta dos preços e as incertezas econômicas. As
desonerações setoriais também não foram suficientes.
Choque de eficiência – Levantamento do Iedi (Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial), conforme o jornal O Globo desta segunda-feira, revela que mais da metade dos principais
setores da indústria ainda não se recuperaram da crise iniciada em 2008. Dos 23
segmentos pesquisados, 12 apresentaram queda nos últimos seis anos. Entre eles, o
têxtil (-29,6%), o de produtos de informática (-25,1%) e o de veículos (-4,3%).
Especialistas reconhecem o processo de desindustrialização e apontam a forte
concorrência internacional como a principal causa. Então, o que fazer para dar
um choque de eficiência à indústria nacional: continuar com as políticas de
desonerações eletivas (que mascaram a ineficiência) ou começar a analisar
seriamente uma reforma tributária que promova um melhor ambiente de negócios de
forma linear? E que tal pensar seriamente em simplificação regulatória,
diminuição de burocracia e aumento dos investimentos em infraestrutura, indispensáveis para dinamizar o setor produtivo?
(NM)
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