Ao
contrário da previsão deste Blog - e das sondagens feitas até a quinta-feira
passada - os gregos rejeitaram, no plebiscito deste domingo, as medidas de
austeridade exigidas pela União Européia em troca de mais ajuda financeira. A
vitória da posição do governo de Alexis Tsipras, contrário à austeridade, foi por
ampla margem: 61,32% dos eleitores disseram "não" às exigências
contra 38,7% pelo "sim". O índice de comparecimento às
urnas foi alto, de 62,5%.
De
qualquer forma, as linhas de empréstimos à Grécia estão por enquanto mantidas,
segundo anúncio do Banco Central Europeu feito nesta segunda-feira. A questão
agora é saber qual será a reação da União Europeia. Será possível a manutenção
da Grécia na Zona do Euro com critérios para a política fiscal distintos
daqueles adotados ou impostos pelos demais membros?
Efeito
colateral, já previsto pelo mercado financeiro (Bloomberg): "A vitória do
'não' levará a uma liquidação geral em ações globais, juntamente com pressões
de preços sobre os títulos emitidos pela Grécia, por outras economias
periféricas e pelos mercados emergentes. Títulos do governo alemão e dos
Estados Unidos se beneficiarão de uma fuga para a qualidade".
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