quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Anote

As suspeitas que sempre pairaram sobre o contrato do governo com a Odebrecht, no âmbito do Programa de Submarinos (Prosub), objeto do Comentário abaixo (do dia 03/08), são: 1. Que parcela substantiva do valor do contrato seria dirigida ao financiamento da campanha presidencial de 2010; 2. Que a Odebrecht tinha interesse na construção e compartilhamento do estaleiro na Baía de Sepetiba porque utilizaria a infraestrutura para construir plataformas e navios de apoio marítimo, tendo em vista a expansão do pré-sal (receberia assim, indiretamente, um ativo para realizar seus contratos no setor de construção naval); 3. Que, no final das contas, o quinto submarino, o nuclear, não poderia ser entregue dentro do contrato do Prosub, a despeito de seu valor vultoso, simplesmente porque o reator nuclear, há décadas em desenvolvimento pela Marinha, está atrelado a outro programa, de valores e fontes de recursos distintos, e cujo cronograma encontra-se bastante atrasado (assim, a francesa DCNS apenas ajudaria na construção de um casco de grande porte, para suportar o pretendido reator, mas, a rigor, não poderia transferir tecnologia nuclear em função das vedações impostas por tratados internacionais dos quais a França é signatária). Em resumo, portanto, nada justificaria os altos valores que envolveram o negócio, a não ser esses interesses escusos

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