Em tempo
A tragédia é anunciada, mas não
tem prevenção. E, se tem, o plano é falho. Porque as mortes se repetem todo verão.
Nas enchentes e nos desmoronamentos, que decorrem das grandes tempestades
sazonais. Se não é na Serra Fluminense, é na Costa Verde do Rio de Janeiro ou
em Santa Catarina, ou ainda no Vale do Rio Doce, tanto em Minhas quanto no
Espírito Santo.
Mas agora o governo decidiu que
vai reduzir as exigências para a alocação dos recursos. A justificativa é
acelerar as obras preventivas, sempre atrasadas. Os investimentos em contenção
de encostas, drenagem e manejo de águas pluviais têm diminuído.
Diante de mais um desastre de grandes proporções no
Espírito Santo, corre-se agora, tardiamente, para implementar providências de
caráter preventivo, que, por sua natureza, deveriam ser acionadas lá atrás.
Espera-se que a consequência concreta da redução das
exigências não seja apenas mais desvios do dinheiro que deveria ir para a
assistência às vítimas, bem como para as obras preventivas e emergenciais.
Conhecendo o Brasil, o risco de a esperança ser em vão é grande.
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