A teoria da dissuasão
Saab Gripen CD, que
deu origem ao Gripen NG, a ser adquirido pelo Brasil
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No caso da escolha dos caças de superioridade aérea, do Programa FX-2, o governo tardou, mas tomou a melhor decisão, considerados os aspectos técnicos e estratégicos. Não deixa de ser uma notícia positiva. Mais reativo do que proativo - ou mesmo preventivo -, este governo não raro tarda e erra. As licitações e concessões atabalhoadas em áreas não menos importantes, como rodovias, portos, aeroportos e energia, em especial o pré-sal, comprovam a marca do improviso.
A pressa quase sempre é fruto da falta de planejamento. E,
paradoxalmente, na maioria das vezes, potencializa o erro, ao invés de
preveni-lo. Pior: aumenta os custos financeiros e políticos das decisões e
soluções finais.
No caso do FX-2, dar ouvido aos especialistas foi fundamental para o
acerto. Desde o início, ainda na fase do FX-1 (programa inicial), a FAB tinha
preferência pelo Gripen sueco, porque, dos modelos em disputa (dois americanos,
um russo e um francês), era o que apresentava maior equilíbrio entre os
diferentes aspectos em jogo.
Preço de aquisição, custo de manutenção, desempenho operacional,
transferência de tecnologia, garantias do “pós-venda” e menor dependência em
relação às potências militares, em especial Estados Unidos, França e
Grã-Bretanha, eram as variáveis que precisavam ser pesadas e cotejadas.
Portanto, questões eminentemente técnicas que deveriam ser conciliadas com uma
visão estratégica.
Comenta-se que a preferência do governo Dilma Rousseff era pelo F-18
Hornet, e que o caça da americana Boeing teria sido alijado este ano, na reta
final da disputa, por conta do escândalo das escutas, revelado pelo ex-agente
Edward Snowden. Difícil dizer até que ponto isso é verdade, sobretudo se consideramos
uma tendência natural de não-alinhamento aos EUA por parte do PT.
Durante o governo Lula, no que parece ter sido um arroubo oratório do
ex-presidente, chegou-se a anunciar a escolha do Rafale, da francesa Dassault.
Menos testado, menos comercializado (somente a França o opera) e,
previsivelmente, o mais caro e de maior custo operacional, o Rafale era dos
três caças finalistas o que menos agradava aos militares da FAB.
Os Sukhoi e, antes, os MIG russos já haviam ficado para trás na
concorrência, tendo em vista as incertezas em relação ao fornecimento de peças
sobressalentes, a manutenção e, ainda, a transferência de tecnologia. O futuro
de uma empresa russa, ainda que do setor de Defesa, que conta com o apoio
decisivo do Estado, é por si só uma incógnita. Caças russos comprados pela
Venezuela, no tempo de Hugo Chávez, permanecem no solo e são “canibalizados”
devido à falta de peças de reposição.
Por que razão o ex-presidente Lula preferiu, em determinado momento, o
avião francês também é difícil dizer. Seria justamente para salientar o
referido não-alinhamento de seu governo em relação à potência hegemônica? Seria
simplesmente para desagradar aos militares? Haveria outros argumentos, digamos,
indeclináveis, envolvidos? As conjecturas são ilimitadas.
O certo é que, revertida a decisão precipitada do governo Lula, a
disputa foi recolocada no campo técnico, em que prevalece a análise do
custo-benefício da soma das variáveis. Se o F-18 tem mais autonomia e potência,
o caça fabricado pela sueca SAAB tem preço final menor e é operacionalmente
mais econômico. Pesa ainda a plena transferência de tecnologia no caso do
Gripen, algo pouco provável de acontecer num contrato na área de defesa
envolvendo empresas norte-americanas.
Muitos dirão que o Programa FX-2 - com a consequente compra dos 36 caças
suecos, a serem entregues entre 2018 e 2023, no valor de R$ 10 bilhões - é uma
despesa desnecessária para um país pacífico. Lembram os mais românticos que a
Costa Rica aboliu as suas Forças Armadas.
Contudo, na realidade do mundo atual, o provérbio latino permanece
válido: se vis pacem, para bellum. O caminho mais seguro para a
paz é a manutenção de sistemas de Defesa eficientes. Até porque o Brasil não é
a Costa Rica. No desdobramento da máxima, tem-se a Teoria da Dissuasão: não é
preciso ser o mais forte, mas ser suficientemente forte para desencorajar a
agressão até dos que são ainda mais fortes.
Por Nilson Mello
Com relação ao financiamento do porto de Mariel em Cuba, com nosso dinheiro, o ato é facilmente compreendido ao se identificar a orientação política dos atuais "desgovernantes" conjugada com o servilismo dos nossos conterrâneos. Em outras palavras, Governo socialista e com tendência a se prestar de capacho. Não existe preocupação em se resolver os problemas do país. Essa corja do PT se presta apenas a se deliciar com as benesses do poder, sem o menor escrúpulo ou limite. Esse caso do porto em Cuba é uma demonstração clara do desprezo que a camarilha tem pelos brasileiros. O que eles querem é se fazer de importantes perante o caudilho implantador do regime ditatorial cubano (falido) e seus asseclas. Na verdade eles adorariam implantar esse regime por aqui. Só ainda não o fizeram porque ainda existem brasileiros conscientes e que amam o seu país.
ResponderExcluirÉ isso aí, Cau! Abraços
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