ANOTEM
A voracidade “disfuncional”
do Estado
Não foram poucos,
nos últimos dois anos, os artigos e comentários neste Blog sobre o aumento
vertiginoso dos gastos públicos, prática que minou a capacidade de investimentos
em infraestrutura, educação, saúde e segurança.
As notórias deficiências nessas áreas essenciais, foram transformadas num conjunto de demandas que, em junho, levou mais de 1 milhão de manifestantes às ruas.
As notórias deficiências nessas áreas essenciais, foram transformadas num conjunto de demandas que, em junho, levou mais de 1 milhão de manifestantes às ruas.
Muito bem, dados
recentes do Tesouro Nacional indicam que a máquina pública federal (sem contar
estados e municípios) devorou, em 2012, mais de R$ 236 bilhões, contra R$ 129
bilhões em 2007, ou seja, um aumento de gastos correntes de 83% em apenas cinco
anos.
Os dados constam de
excelente artigo de Albano Franco, publicado no jornal O Globo desta segunda-feira
(15). Em linha com o seu artigo, podemos dizer que o Estado brasileiro esgota-se
em sim mesmo, ao invés de promover o desenvolvimento via investimentos em
setores cruciais.
Para tentar contornar o
problema, ou seja, continuar a gastar muito, investindo pouco, o governo adotou um modelo
de crescimento centrado no estímulo ao consumo, por meio da expansão do crédito.
Como se vê hoje, uma "aposta" equivocada: não produziu crescimento, mas inflação, que é o resultado direto da baixa produtividade de uma economia ineficiente.
Como se vê hoje, uma "aposta" equivocada: não produziu crescimento, mas inflação, que é o resultado direto da baixa produtividade de uma economia ineficiente.
Na mesma toada, afirma
Paulo Guedes, também em artigo nesta segunda-feira, no mesmo jornal:
“(O Brasil
tem)... um Estado hipertrofiado e disfuncional. Suas digitais são visíveis em
toda parte pela ininterrupta escalada dos gastos públicos como percentagem do
PIB. Sua arquitetura pertence ao Antigo Regime, mas foi preservada por
sucessivos governos de uma social-democracia obsoleta, mas hegemônica por
viciosas alianças com o fisiologismo de políticos conservadores”.
A
estaginflação, combinação de baixo crescimento econômico com espiral
inflacionária, é a ameaça que paira hoje sobre a economia brasileira. Consequência de uma política econômica errática.
Na barra à
direita deste Blog, em “Pesquisa”, é possível buscar artigos e notas publicados
em 2011, 2012 e 2013 alertando para os riscos da inflação e do baixo
crescimento.
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