sábado, 6 de setembro de 2014

Em Tempo

Mudança de equipe - O artigo de quinta-feira (abaixo) analisa como um alento a mudança da equipe econômica num eventual segundo mandato de Dilma Rousseff. Mas a verdade é que, com tantos erros na economia e na gestão pública federal de forma geral, o ideal seria que a presidente não conseguisse a reeleição. Aliás, com que ânimo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará a sua rotina diária de trabalho depois que sua chefe reprovou, em palanque para empresários, a condução e os resultados da economia, é uma incógnita. Um analista político resumiu bem o estado de espírito presumível ao dizer que, com o anúncio de mudança na equipe, Dilma transformou Mantega num "zumbi". Se houvesse brio, o ministro entregaria a carta de demissão. Por outro lado, se houvesse honestidade por parte de Dilma, admitiria que a culpa é mais sua do que dele: ela o nomeou, ela o manteve no cargo durante todo o primeiro mandato. Não foram poucas as vezes em que ambos vieram a público afirmar que tudo ia bem na economia. Podemos dizer que tudo não passou de uma mentira, desfeita pela declaração desta semana.
 
Erro de estratégia? - É difícil entender a estratégia da campanha do tucano Aécio Neves de voltar suas críticas para Marina Silva, hoje a queridinha do eleitorado, sobretudo daqueles quase 35% que rejeitam o governo Dilma Rousseff. A lógica nos autoriza a dizer que, ao criticá-la, se desgasta e perde espaço - e que o mais sensato seria centrar suas baterias na candidata à reeleição. Contudo, lógica, em campanha política, nem sempre funciona. Dilma atacou Marina e, segundo seus assessores, conseguiu com isso estancar sua subida e recuperar pontos. Mas a relação de causa e efeito ainda não parece tão clara. É preciso aguardar mais alguns dias e as próximas pesquisas.

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