Portos
- O governo acertou ao
anunciar na semana passada um amplo programa de concessões e parcerias para
impulsionar os investimentos nas rodovias e ferrovias. E promete agora expandir
o pacote para portos e aeroportos. O governo demorou a agir, mas agiu certo.
Diante dos óbvios limites
orçamentários, está atraindo o setor privado para os investimentos. O maior
mérito está em ter abandonado os preconceitos
ideológicos.
Nos portos, o problema
central é um marco regulatório – representado pelo Decreto 6.620, de outubro de
2008 – que afastou os investidores privados, justamente no momento em que os
principais terminais brasileiros já se encontram no limite de sua capacidade
operacional.
Em Santos, só não houve
colapso porque a crise global iniciada em 2008 reduziu o ritmo de crescimento do
comércio exterior, muito embora a demanda por operações portuárias tenha
continuado a crescer acima da oferta no Brasil.
Biografias:
Lula X Barbosa - A
propaganda petista foi competente em exaltar a trajetória vitoriosa do
ex-presidente Lula: um retirante nordestino, que virou metalúrgico, depois
sindicalista, até se dedicar à vida político-partidária e alcançar a Presidência
da República.
A mobilidade social que a
trajetória de Lula explicita é de fato algo a se comemorar, sobretudo se
considerarmos que o Brasil continua a ser um país de extrema desigualdade social
(pesquisa divulgada esta semana indica que somos o quarto país mais desigual das
Américas).
Portanto, não há nada de
errado em se enaltecer a trajetória de um homem que era um retirante e chegou à
Presidência da 6ª maior economia do mundo. O que está errado é o personagem em
si deplorar e desprezar a formação acadêmica regular, o mérito escolar, os
estudos e o esforço intelectual, porque chegou ao topo sem ter tido a chance (ou
a vontade necessária) para se educar e se qualificar do ponto de vista
acadêmico.
E neste aspecto, Lula deu um
péssimo exemplo à nação e aos milhões de brasileiros que, por conta própria,
tentam vencer na vida se empenhando nos estudos.
O contraste veio com a
emergência do ministro Joaquim Barbosa por conta do julgamento do processo do
“mensalão” no Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa, assim como Lula, chegou
lá. Mas, ao contrário do ex-presidente, é um exemplo para aqueles que valorizam
o saber e procuram vencer na vida pelo mérito escolar.
Por oportuno, então,
reproduzo aqui um breve currículo do ministro que circula pela Internet:
“Joaquim
Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito
filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando
estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na
gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em
colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília,
onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do
Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambo s em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambo s em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Fez
estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos
Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e
espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de
idade.”
Biografias II - O artigo de Elio Gaspari publicado nesta quarta-feira em dois dos principais jornais do país traça um desconcertante perfil do ministro do STF José Antonio Dias Toffoli. Quem acreditava que Toffoli se declararia impedido de votar no processo do “mensalão”, por suas notórias conexões pessoais e profissionais com o PT e o principal dos acusados, não deve deixar de ler o texto, cujo link segue abaixo em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/1141079-a-sessao-extraordinaria-de-toffoli.shtml
Biografias II - O artigo de Elio Gaspari publicado nesta quarta-feira em dois dos principais jornais do país traça um desconcertante perfil do ministro do STF José Antonio Dias Toffoli. Quem acreditava que Toffoli se declararia impedido de votar no processo do “mensalão”, por suas notórias conexões pessoais e profissionais com o PT e o principal dos acusados, não deve deixar de ler o texto, cujo link segue abaixo em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/1141079-a-sessao-extraordinaria-de-toffoli.shtml
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