terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Outros comentários



Bananas
O presidente da República tem comportamentos inadmissíveis. Palavras e gestos incompatíveis com o cargo. Compromete o próprio governo e fortalece seus adversários - cujas atitudes, invariavelmente, são igualmente reprováveis. (Nilson Mello, em 09/02)

Discurso e prática.
Independentemente do “rótulo” que adote como salvo conduto moral perante o eleitor (“ser de esquerda é ser do bem”), quando uma figura pública trata o oponente político como inimigo e prega a sua destruição, acaba revelando a intolerância e o ódio que, cinicamente, atribui ao mesmo adversário alvo de seus ataques verbais. Mostra também desprezo pela democracia, se considerado que o oponente foi legitimamente eleito. (NM, em 09/02)

Patrulha ideológica
A bola da vez agora é Pedro Bial. Tudo porque exerceu o seu direito de crítica e deu uma opinião sincera sobre “Democracia em vertigem”, o pseudodocumentário de Petra Costa. Bial será espancado por alguns dias nas redes sociais. Seus algozes só toleram a liberdade de expressão se ela coincidir com o que pensam. No fundo, são eles que têm vertigem com democracia - e alergia à verdade. (NM, em 04/02)

Fascismo
A atriz Regina Duarte está sendo execrada porque aceitou um cargo no Planalto. Para ser elogiada, precisaria se alinhar, em palavras e atitudes, àqueles que fazem oposição ao governo. Pode haver algo mais totalitário do que isso?
Ser oposição é legítimo. Assim como é legítimo apoiar governos - ressalte-se, no caso, governo democraticamente eleito. O que não é legítimo é execrar alguém apenas por ter opinião e posições divergentes da nossa. Isso, sim, é fascismo. Muito mais do que uma corrente ideológica, o fascismo se caracteriza pela intransigência (e intolerância) com a opinião alheia e hostilidade ao oponente no campo político. Se assistimos a esse tipo de prática entre integrantes do governo Bolsonaro ou entre parte de seus seguidores, vemos também - e muito - entre seus críticos e adversários. (Em 01/02)


Marketing eleitoral
Leio que o PCdoB, o velho Partido Comunista do Brasil (veja, não é “Brasileiro”, mas “do Brasil”, tal como uma filial ou sucursal) abandonará a foice e o martelo, usará o verde e amarelo e mudará de nome para as eleições deste ano, passando a se chamar “Movimento65”. Podemos encarar a mudança de duas formas. A primeira, como uma evolução: os comunistas finalmente reconhecem que o comunismo não tem mais lugar no mundo de hoje, de fato nunca deu certo em lugar nenhum e, sendo assim, nada mais natural do que a repaginada. Ou, segundo, trata-se de mera armadilha, uma mudança apenas de forma, não de conteúdo programático. Como não temos notícias de que seus dirigentes e seguidores abjuraram da “fé” que professavam (ou professam?), a segunda hipótese ganha força. Mas repare, leitor, num detalhe: mesmo sendo a segunda hipótese a verdadeira, ela só reforça a verdade expressa na primeira. Afinal, não fingiriam o que não são se o que são fosse realmente bom. Certo? (NM, em 01/02)
Parte superior do formulário


Nenhum comentário:

Postar um comentário