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"beabá
O Ibovespa antecipa tendências. Quando a
Bolsa está em queda continuada, como no período ente 2014 e 2015, em que o
mercado sofreu forte desvalorização ou "andou de lado", significa que
as expectativas da economia produtiva não são boas.
Uma das primeiras coisas a indicar um
horizonte melhor, após uma recessão aguda (como esta em que Dilma e o PT nos enfiou),
é a melhora consistente e reiterada dos índices do mercado de ações. Porque é
ali que está a economia produtiva.
Quando as expectativas estão ruins, ninguém
se arrisca a investir em papéis de empresas, se refugiando em dólar, renda
fixa, títulos do governo (endividado). Quem acompanha economia sabe que esses
números robustos do mercado de ações nesses últimos dias são o melhor
indicativo que o Brasil poderia ter no momento.
Mas a recessão foi a mais profunda e longeva
que o país já enfrentou, e por isso o mercado de trabalho e o PIB ainda vão
demorar um pouco a mostrar vigor. Do sucesso das reformas que começam entrar em
trâmite no Congresso dependerá o ajuste fiscal e a consequente redução do
déficit público, abrindo espaço para mais investimentos.
Todos os outros fatores que permitirão a
retomada do crescimento já estão nos eixos: juros baixos, inflação sob controle,
investimentos externos retornando, programas de privatizações sendo
encaminhados.
O governo deve agora manter o equilíbrio e
não desperdiçar energia e capital político em questões acessórias que, além de
serem estranhas à agenda econômica e política, criam mais arestas do que
soluções para o país.
Por Nilson Mello
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