Conta de chegada
Os
assassinos acabam de ser presos, mas os "videntes" das redes sociais
já sabem que eles são meros executores. E já sabem também quem são os
mandantes, embora apenas insinuem, sem mencioná-los explicitamente. Sim,
estamos falando do caso Marielle Franco. É como iniciar uma pauta de reportagem
já sabendo que história contar antes mesmo de ouvir as fontes e examinar
possíveis documentos.
Não
precisa de investigação. Nem de acusação formal, devido processo legal ou
julgamento com contraditório. É uma conta de chegada. O irônico é que a banda
que assume este comportamento apressado é a mesma que, em outros casos -
referentes a outros tipos de crimes envolvendo outros personagens - reclama que
não houve provas e que o julgamento foi um conluio envolvendo Judiciário,
Ministério Público, Polícia Federal, a grande imprensa, as "elite"
etc.
Isso tudo
apesar dos robustos autos que levaram a juízos condenatórios em todas as
instâncias, às vezes com aumento da pena. São ou não são dois pesos e duas
medidas?
É também a
banda que passou o último ano fazendo pouco caso das investigações e desacreditando
os seus responsáveis. Mas pelo que se pôde concluir nesta terça-feira (12/03),
houve intenso, diligente e eficaz trabalho conjunto da Polícia Civil, da
Polícia Federal, dos Ministérios Públicos estadual e federal, enfim, aquele
conjunto de profissionais e órgãos públicos que a mesma banda, com dois pesos e
duas medidas, sempre taca pedras.
Que as
investigações prossigam da forma competente, célere, porém, serena, como ocorreu
até aqui, para determinar a real motivação do crime e quais foram seus
possíveis mandantes. Mas sem pré-julgamentos ou associações irresponsáveis que
levam a conclusões levianas, para não dizer criminosas.
Por Nilson Mello*
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