segunda-feira, 21 de março de 2011

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Discurso de boas-vindas a Obama

    A tradicional diplomacia brasileira, moderada e eficiente, ressurgiu de forma clara na visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil neste último fim de semana.
As amarras ideológicas, que pautaram a Chancelaria nos dois governos de Lula, foram desatadas.
A fantasia de uma liderança brasileira forjada na retórica ideológica sai de cena e dá lugar a um discurso direto, objetivo e realista, e por isso mesmo mais eficaz.
Na sua fala de boas-vindas, no Planalto, a presidente Dilma Rousseff foi a melhor expressão desta mudança de postura. Falou com moderação digna das melhores tradições do itamaraty.
Nas palavras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Estado de S. Paulo deste domingo, “não restam dúvidas que houve um ajuste de rumo”.
Uma mudança a se comemorar.

Editorialista do Wall Street Journal

    A propósito desse bem vindo ajuste de rumo, a jornalista Mary Anastasia O’Grady, editorialista de The Wall Street Journal, publica excelente artigo no Valor Econômico desta segunda-feira, com o sugestivo título “O bom motivo da viagem de Obama”.
            Diz ela sobre a distinção entre a atual presidente e o seu antecessor no trato com ditadores: “Dilma parece ter decidido que a abordagem de Lula era contraproducente, especialmente para a meta de o Brasil ganhar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Pouco depois de ganhar as eleições, ela começou a critiar os históricos de direitos humanos do Irã e de Cuba, algo que Lula nunca teve coragem de fazer”. Bingo!

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