segunda-feira, 2 de maio de 2011

COMENTÁRIOS DO DIA

Um Código Florestal contra o ambiente


A aliança entre capitalismo de Estado e posições populistas tem sempre efeitos perversos. Aliás, o capitalismo de Estado – que soma os defeitos do estatismo e do capitalismo – encontra na demagogia um aliado natural.
Essa aliança compromete o mérito e, com ele, a competitividade, indispensável para a geração de serviços e produtos de qualidade.
Compromete também, como temos observado, a educação, pressuposto do desenvolvimento. E compromete o ambiente.
O projeto de lei que altera o Código Florestal, a ser votado esta semana na Câmara, segue esse caminho.
Não é preciso ser especialista no assunto para perceber o quanto o texto, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), será prejudicial ao ambiente – justamente o objeto, em tese, de sua proteção. Basta ter bom senso.
Entre outros, o projeto reduz as áreas destinadas à reserva legal e as de matas ciliares, além de dar anistia a quem desmatou.  
Aliaram-se ruralistas e parlamentares de “esquerda”, esses, no caso, agindo em defesa dos “pequenos agricultores”, dentro do populismo que lhes é peculiar.
Não era preciso alterar a Lei. Bastava cumprir o Código que já existe.
Ver link:
http://estadao.br.msn.com/ciencia/artigo.aspx?cp-documentid=28609947

Por Nilson Mello 

Delúbio de volta

     Sob o patrocínio do ex-presidente Lula, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT acusado de ser o operador do “mensalão” – aquele esquema criminoso para compra de voto de parlamentares, na definição do Supremo – está de volta à legenda.
Depois de cinco anos de “exílio”, foi reintegrado por decisão do Diretório Nacional. Os planos políticos do ex-tesoureiro estão delineados: pode ser candidato à Prefeitura de Buriti Alegre (GO), sua terra natal, ou a uma vaga no Senado - no ano que vem ou em 2014, dependendo das circunstâncias partidárias e, claro, jurídicas.
Mesmo sem ainda ter sido julgado pelo Supremo em função do mensalão, Delúbio Soares já foi condenado por improbidade administrativa, em 2010, pelo Tribunal de Justiça de Goiás.  
A sentença, da qual recorreu ao STJ, o obriga a devolver R$ 164 mil ao erário, além de suspender seus direitos políticos por oito anos. A Lei da Ficha Limpa será, portanto, um obstáculo a suas pretensões.
Sobre o retorno de Delúbio, Francisco Rocha, o Rochinha, membro da “Comissão de Ética” do PT, declarou: “Os erros são coletivos. Ninguém erra individualmente”. Esclarecedor: o “mensalão” foi, portanto, uma obra conjunta do PT. É isso, Rochinha?
A propósito, o Diretório Nacional do PT elegeu, por unanimidade, como presidente do partido, o deputado estadual (SP) Rui Falcão, nome ligado ao ex-ministro José Dirceu – outro que, na concepção de ética petista, também não deve ter errado individualmente.

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