Jogo aberto
A apenas
quatro dias da eleição, cerca de 35% dos eleitores ainda não definiram o voto,
e, entre esses, 15% pensam votar nulo ou branco.
Em tese,
até Daciolo pode, patrioticamente (fazendo jus ao nome de seu partido),
disputar o segundo turno. "Glória a Deus!". Muito improvável,tendo em
vista a polarização PT X Anti-PT, mas matematicamente possível.
Também em
tese, Ciro, Alckmin ou Marina podem chegar lá - ou mesmo Dias, Meirelles e
Amoêdo.
Contudo, o crescimento do candidato indicado por
Lula ensejou o paradoxo do crescimento proporcional do extremo oposto.
O
moderatismo de Centro ficou, assim, a reboque nessas eleições. Uma pena, porque
Dias, Meirelles, Amoêdo e Marina são candidatos muito acima do nível médio a
que estamos acostumados.
Ciro
poderia figurar neste rol (do Centro moderado), mas reduziu suas próprias
chances com as bruscas oscilações de humor e com a postura errática no que diz
respeito ao alinhamento ou não com o PT.
Não
conquistou o tradicional eleitor petista (porque esses seguem o
"líder") e ainda afastou aqueles que, por rejeição ao PT, tenderam
para o campo oposto.
Incoerência
é um indício de inteligência apenas quando não se faz acompanhar de uma
volatilidade de traços oportunistas. No caso, quase esquizofrênicos.
O eleitor
se guia mais pela emoção do que pela razão, sobretudo em pleito polarizado. O
instinto o leva a desconfiar da volatilidade.
Mas, como
o jogo segue aberto, Ciro ainda pode surgir como alternativa no segundo turno.
Porém, não será a alternativa do moderatismo.
Por Nilson Mello
Potato Square
O Largo do Batata, da manifestação do último
sábado (29/09), não conseguiu reeleger Haddad prefeito de São Paulo, em 2016.
Se não me falha a memória, o candidato do PT a presidente perdeu em todas as
zonas eleitorais da capital paulista. Será decisivo agora?
Inocência
Conversei com pessoas que disseram que foram
aos atos públicos “contra ele” neste sábado, mas garantem que não pretendem
votar no candidato do PT.
A primeira pergunta que se deve fazer quando se entra numa manifestação é: “quem ganha com isso?” Ou (e) “quem está por trás disso?”
Se estão indignados, deveriam se engajar em atos públicos contra o PT: em protesto pelos quase 15 anos que o partido ficou no poder, autodenominando-se um governo pelas causas sociais, sem, contudo, ter melhorado os índices educacionais , de saúde , de saneamento, de mobilidade urbana e de segurança.
E, de quebra (como se fosse pouco), ter aparelhado a máquina pública, levado ao paroxismo tanto o fisiologismo quanto o patrimonialismo, com níveis jamais vistos de corrupção e, ainda, lançado o país em sua pior recessão econômica, resultado, entre outras coisas, da incompetência gerencial, da inépcia administrativa e de equívocos gritantes e sucessivos na política econômica.
Agora, (o PT) se diz vítima de um golpe e promete resolver os graves problemas do país. Se aliando, para tanto, ao partido (MDB) ao qual acusava de golpista.
A primeira pergunta que se deve fazer quando se entra numa manifestação é: “quem ganha com isso?” Ou (e) “quem está por trás disso?”
Se estão indignados, deveriam se engajar em atos públicos contra o PT: em protesto pelos quase 15 anos que o partido ficou no poder, autodenominando-se um governo pelas causas sociais, sem, contudo, ter melhorado os índices educacionais , de saúde , de saneamento, de mobilidade urbana e de segurança.
E, de quebra (como se fosse pouco), ter aparelhado a máquina pública, levado ao paroxismo tanto o fisiologismo quanto o patrimonialismo, com níveis jamais vistos de corrupção e, ainda, lançado o país em sua pior recessão econômica, resultado, entre outras coisas, da incompetência gerencial, da inépcia administrativa e de equívocos gritantes e sucessivos na política econômica.
Agora, (o PT) se diz vítima de um golpe e promete resolver os graves problemas do país. Se aliando, para tanto, ao partido (MDB) ao qual acusava de golpista.
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