O governo e as estatais
Campanhas
publicitárias de estatais não devem sofrer interferência do governo. Ou de
governos. Elas devem seguir critérios mercadológicos e não ideológicos. Na
verdade, o ideal é que nem existissem empresas estatais (esta contradição em
termos), pois sempre estão sujeitas às idiossincrasias políticas, deletérias.
Porém, já
que “ainda” existem, elas devem ter o mínimo de autonomia e independência
administrativa, em busca da eficiência. Se apoiarmos a retirada da campanha do
BB, estaremos fazendo exatamente o que o PT fazia (intervenção com viés
ideológico) e nós tanto criticávamos. Eu, ao menos.
Além
disso, dizer se a campanha é boa ou ruim é muito relativo. Eu assisti e não
gostei, mas também não vi nada demais. Contudo, muitas pessoas devem ter
adorado, até porque gosto não se discute, e essas campanhas são feitas com base
em pesquisas (assim se espera, se não houver interferência política) que
indicam as expectativas do público-alvo que se pretende atingir. Foi uma medida
estabanada do Planalto, posteriormente corrigida pela Secretaria de Governo,
gerando novo desgaste desnecessário. Pensar antes de agir!
O Ilusionista
Não é
“preso político”, mas político preso. E com sentença de privação de liberdade
confirmada em três instâncias. Não houve tribunal de exceção: foi julgado pelas
leis em vigor, por tribunais legalmente instituídos. É um condenado preso em
pleno funcionamento do Estado Democrático de Direito - separação de poderes,
eleições livres, liberdade de expressão e tudo mais.
A tese de
“preso político” é uma farsa que não se sustenta mais. As próprias urnas (voto
popular) também a rejeitaram, com as derrotas do PT nas eleições de 2018 e
2016. Lula sabe que essa farsa é a encenação que lhe resta. Ilusionista. É
preciso ser excessivamente ingênuo ou mal intencionado para apoiá-lo neste
teatrinho.
Por Nilson Mello
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