Insistência no erro - A capacidade de o governo Dilma Ruosseff errar supera as mais pessimistas das previsões. Mergulhada na pior crise de sua história, a Petrobras precisava de um calejado executivo de mercado para resgatar a sua credibilidade. Eis que a presidente escolhe um burocrata de banco público, distante das exigências inerentes ao universo corporativo, sem qualquer experiência em negócios globais ou na área de petróleo e gás, para o desafio de tirar a estatal do buraco em que o aparelhamento do Estado a meteu. Dizem que Aldemir Bendini tem intimidade com a presidente, é pessoa com acesso a seu círculo de relações. Isso explica a escolha, e, evidentemente, não nos deixa menos apreensivos. Um replicador das ideias e decisões emanadas do Planalto é o que ele será. A rigor, um pau mandado. Mantém-se assim o intervencionismo quando o que se esperava era a boa governaça, livre de injunções políticas. Para completer, Bendini está sendo investigado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro. Pesam ainda contra ele outras questões controversas. Nessas circunstâncias, qual poderá ser a sua contribuição para o resgate da credibilidade da maior empresa brasileira? As ações da companhia chegaram a cair 9%, fechando com queda de 6,9% nesta sexta-feira - um processo de desvalorização que tende a continuar, com muitas oscilações, e que tão cedo não será revertido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário