Em nome do cidadão:
Mal o ano legislativo teve início e nossos parlamentares já começaram a trabalhar naquilo que fazem melhor: os seus interesses corporativos. Marco Maia (PT-RS) e Sandro Mabel (PR-GO), candidatos à Presidência da Câmara, prometem construir um novo prédio anexo ao Congresso, para ampliar os gabinetes dos colegas. E também falam em vencimentos atrelados aos reajustes dos ministros do STF.
Manobras fiscais:
Os gastos excessivos da administração Lula no ano passado, em campanha pela candidata Dilma Rousseff, inflaram de tal maneira as contas públicas que a equipe econômica teve que recorrer ao artifício de desconsiderar parte dos investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cumprir a meta de superavit primário (sobra para pagamento dos juros da dívida).
O setor público, que inclui governo central, Estados, municípios e estatais, fechou 2010 com superavit primário de 2,78% do PIB – 0,32% abaixo, portanto, da meta. E isso já tendo feito uma série de manobras para escamotear os gastos. Para que o 3% de superavit fosse atingido, foram também retirados dos gastos R$ 11,7 bilhões relacionados ao PAC. Esse e outros artificialismos e manobras contábeis fizeram com que o esforço fiscal do governo, na prática, tenha sido de apenas 1,87%, de acordo com a Tendências Consultoria.
Inflação
Nos jornais de hoje, se destaca a análise do artigo “A volta do dragão”, publicado pelo Estado de S. Paulo. Nele, o economista Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central, alerta para a retomada de um ciclo inflacionário em todo mundo, puxado, por um lado, pela alta contínua dos preços das commodities e, por outro, pela retomada conjunta do crescimento nos países emergentes e nas economias em desenvolvimento.
Goldfajn acredita que os remédios convencionais, como política monetária (aperto nos juros) e flutuação cambial – estão sob suspeita e, por isso, medidas “macroprudenciais”, como elevação de compulsório e exigências regulatórias, que encarecem o crédito, estão em uso intensivo em todo o planeta. O medo até pouco tempo, era a estagnação das economias desenvolvidas, com reflexos nos países em desenvolvimento.
Agora, a dúvida é quanto ao grau de parada do crescimento. O risco, alerta, é a “freada” ser brusca demais. Ver em:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110201/not_imp673632,0.php
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