sexta-feira, 27 de dezembro de 2013


Em tempo

    A tragédia é anunciada, mas não tem prevenção. E, se tem, o plano é falho. Porque as mortes se repetem todo verão. Nas enchentes e nos desmoronamentos, que decorrem das grandes tempestades sazonais. Se não é na Serra Fluminense, é na Costa Verde do Rio de Janeiro ou em Santa Catarina, ou ainda no Vale do Rio Doce, tanto em Minhas quanto no Espírito Santo.

    Mas agora o governo decidiu que vai reduzir as exigências para a alocação dos recursos. A justificativa é acelerar as obras preventivas, sempre atrasadas. Os investimentos em contenção de encostas, drenagem e manejo de águas pluviais têm diminuído.

Diante de mais um desastre de grandes proporções no Espírito Santo, corre-se agora, tardiamente, para implementar providências de caráter preventivo, que, por sua natureza, deveriam ser acionadas lá atrás.

Espera-se que a consequência concreta da redução das exigências não seja apenas mais desvios do dinheiro que deveria ir para a assistência às vítimas, bem como para as obras preventivas e emergenciais. Conhecendo o Brasil, o risco de a esperança ser em vão é grande.

 

 

 

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